quinta-feira, 16 de outubro de 2014

França apresenta ambicioso projeto de transição energética

A nova economia verde vai gerar 100.000 novos empregos, além de reduzir os gastos com energia

Após estudos, o governo de François Hollande comprovou que esquentar os lares franceses é muito caro


DA REDAÇÃO

O Governo da França vai colocar em prática um ambicioso projeto de Transição Energética, nesta terça-feira a Assembleia Nacional deu o aval para a iniciativa. A lei prevê reduzir pela metade o consumo de energia até 2050 e converter a França na campeã europeia da ecologia. Com enorme simbolismo e medidas inovadoras; como facilitar que as empresas paguem abonos em dinheiro para funcionários que utilizarem a bicicleta para ir ao trabalho, aproximadamente 80 centavos de reais por quilômetro. Em troca, os patrões poderão reduzir as contribuições previdenciárias. Empresas com mais de cem empregados terão que apresentar um plano que promova o transporte público, a carona ou a bicicleta. As sacolas plástica de um único uso serão proibidas a partir de janeiro de 2016, talheres e pratos também de plástico a partir de 2020.
 transporte, responsável por 27% da emissão de gases de efeito estufa, será muito mais limpo dentro de alguns anos na França graças à Lei de Transição Energética, lançada pela ministra da Ecologia, Ségolène Royal. O uso da bicicleta já é uma prioridade em Paris, fomentada pelo governo de François Hollande. Com o projeto, empresas e trabalhadores passarão a ter vantagens se promoverem o uso de bicicletas, a previsão é que cada vez mais espaços para estacionar os veículos de duas rodas sejam reservados.

Os cidadãos concorrerão a um prêmio, que pode chegar a 10.000 euros ou 31.000 reais, se trocarem seu carro a diesel por um elétrico. Hoje, existem 10.000 pontos de recarga para veículos elétricos, até 2030 serão sete milhões. A frota estatal deve ser renovada com este tipo de veículos em uma proporção de um a cada dois novos que sejam comprados e as empresas de transporte, um em cada dez.

A lei, que foi aprovada por ampla maioria na Assembleia, foram 314 votos contra 219, prevê o aumento das fontes renováveis até chegar a 40% do total, reduzir o uso de combustíveis fósseis em 30% nos próximos quinze anos, renovar os edifícios para que economizem energia e reduzir pela metade os resíduos. Também com o olhar voltado para a redução dos resíduos, a França prevê penalizar a obsolescência programada. Os produtos deverão conter informações sobre sua vida útil. O uso da energia nuclear francesa ficará limitada ao nível atual.

Depois de inúmeros estudos, o governo comprovou que esquentar os lares franceses continua sendo muito caro. Para reduzir estes gastos, a lei aprovada prevê também importantes ajudas às famílias mais modestas com o chamado cheque-energia, para reformar as construções mais antigas. A intenção é aumentar a eficiência de 500.000 edifícios a cada ano a partir de 2017. Com a intenção de que todos os prédios da França sejam reformados até 2050. Para isso, além das ajudas serão acrescentados benefícios fiscais e empréstimos a juros baixos.

Agora a lei precisa ser aprovada no Senado, a Assembleia avaliará cada procedimento. O principal obstáculo que os críticos veem neste projeto é o custo: 10 bilhões de euros em três anos. Royal, no entanto, assegura que a nova economia verde vai gerar 100.000 novos empregos, além de reduzir os gastos com energia.

Fonte:
http://www.otempo.com.br/

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