Iara Guimarães Altafin | 23/10/2014, 18h34 - ATUALIZADO EM 24/10/2014, 16h49
Divulgação Prefeitura Municipal de Bebedouro – SP
A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) se reúne na terça-feira (28), às 10h, e pode votar projeto que concede redução de 75% do Imposto de Renda e isenção da contribuição de PIS/Pasep e Cofins para empresa que produzir ou distribuir água de reúso.
A medida incentiva a reutilização de água não potável, para evitar que água tratada seja usada para irrigação de jardins, lavagem áreas públicas, desobstrução de tubulações e combate a incêndios.
Para esses casos, poderá ser feita a reutilização de água proveniente de esgoto e de demais efluentes líquidos domésticos e industriais, desde que dentro de padrões definidos para as modalidades de uso pretendidas.
O projeto (PLS 12/2014), do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), é voltado a empresas que fazem a adequação a esses padrões e a distribuição dessa água reaproveitada, como forma de reduzir seu custo e ampliar sua utilização nas cidades brasileiras.
Depois de analisada pela CMA, a proposta vai à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), para decisão terminativa.
Licença ambiental de instalação
A pauta da CMA, formada por 26 itens, inclui ainda projeto (PLS 401/2013) de Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) que torna obrigatória a inclusão da licença ambiental de instalação entre os documentos que devem constar de edital para licitação de obra pública.
A lei em vigor obriga que, ao lançar um edital para licitação de obras públicas, o governo inclua nos anexos o projeto básico aprovado e as licenças ambientais prévias, entre outros documentos. Já a licença de instalação é exigida da empresa vencedora da licitação, como condição para o início das obras do projeto.
Para Aloysio Nunes, a facilidade de concessão de licenças prévias e a deficiência dos projetos básicos resultam com frequência na paralisação de obras já licitadas, por problemas na obtenção da licença de instalação.
A exigência dessa licença ainda no edital, diz ele, contribuirá para melhorar a qualidade dos projetos e obrigará os órgãos ambientais a analisar esses projetos de forma mais criteriosa.
A matéria também será analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Iniciativas de jardins suspensos nos prédios da capital ajudam a reduzir ilhas de calor e a apontar melhorias para a cidade
Publicado em 25/10/2014, às 17h00
Telhado verde do Bar Central, no bairro de Santo Amaro Foto: Igor Bione
Eles ainda são poucos. Contados nos dedos. Mas já fazem a diferença na paisagem da capital pernambucana. As primeiras iniciativas de telhado verde no Recife mostram como as edificações podem contribuir para reduzir as ilhas de calor da cidade. Pioneiras, elas chegaram antes mesmo da aprovação de um projeto de lei que torna obrigatória a instalação de tetos verdes na cobertura dos prédios. A proposta foi apresentada pelo Executivo em novembro do ano passado e está sendo discutida na Câmara dos Vereadores. Embora ainda isoladas, as experiências inserem o Recife na discussão de soluções urbanas que ajudem na melhoria da qualidade de vida da cidade.
As vantagens são muitas. Um prédio com telhado verde pode chegar a uma temperatura até seis graus mais baixa do que no seu entorno. Com a proliferação dos espigões de concreto, iniciativas que melhorem a sensação térmica da cidade são sempre muito bem-vindas. O precário sistema de drenagem da capital também agradece. “Além de diminuir as ilhas de calor, a cobertura vegetal ajuda na captação da água da chuva, reduzindo o acúmulo nas ruas, sobretudo no período de inverno”, explica o engenheiro agrônomo e paisagista Marcelo Kozmhinsky.
Responsável pela implantação de alguns projetos de telhado verde na capital, ele acredita que é uma questão de tempo, e de cultura, para que a ideia se espalhe pelas lajes da cidade. “O poder público é fundamental nesse processo. Em outras capitais, o Executivo dá descontos de IPTU para quem aplica a cobertura vegetal. São incentivos que ajudam a popularizar a ideia”, observa. Cidades como Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre já possuem lei regulamentando os ecotelhados. No Recife, a proposta é a instalação de teto verde na cobertura dos prédios habitacionais com mais de quatro andares e não-habitacionais com 400 metros quadrados de área coberta.
Sem nem saber do projeto de lei que tramita na Câmara dos Vereadores, o dono do Bar Central, André Rosemberg, transformou em realidade um antigo desejo. Aproveitou o telhado do seu empreendimento, no bairro de Santo Amaro, para plantar grama, hortaliças e árvores frutíferas, como maracujá, pitanga, jabuticaba, limão, acerola e laranja. Com apenas quatro meses, o jardim suspenso do Central começa a chamar a atenção de quem passa pela rua. A fachada vai ganhar uma cerca viva formada por pés de maracujá.
“É uma forma de devolver à cidade o que a gente recebe. De contribuir para a melhoria urbana do Centro, onde o Central está e onde eu cresci e sempre vivi”, diz Rosemberg. Morador de um prédio vizinho ao bar, o funcionário público Aldemir Pessoa de Melo, 64 anos, é só elogios à paisagem nova que aparece em sua janela. “A ideia é maravilhosa. Deveria ser padrão para todo canto. Só faz bem. Os pássaros adoram e os vizinhos ganharam uma vista mais bonita”, relata, espiando o jardim suspenso do quarto de seu apartamento.
Com uma vista de tirar o fôlego, o terraço do prédio do Softex, no Bairro do Recife, oferece uma combinação de telhado verde com uma área para ponto de encontro. O prédio, que abriga empresas de tecnologia, vai inaugurar o novo espaço na próxima quarta-feira. Distribuídos em 400 m², a vegetação apropriada à maresia e ao sol se junta ao mobiliário de madeira para criar um ambiente convidativo para a contemplação e o bate-papo. “Pensamos numa proposta ecologicamente sustentável e que possa servir de inspiração para outros empreendimentos da cidade. Já tínhamos a vista deslumbrante, queríamos criar uma área de convivência, dentro do espírito inovador do Softex”, diz Manoel Borba, que administra o prédio.
Quando estiver pronto, em janeiro de 2016, o telhado verde do Empresarial Charles Darwin, na Ilha do Leite, será o maior em área do Recife e um dos maiores do Brasil. O grande gramado se estenderá pela cobertura do edifício-garagem e das marquises das lojas, o que resultará em cerca de 2,5 mil m² de área verde. O teto-jardim conseguirá armazenar cerca de 75 mil litros de água, além de sequestrar 11 toneladas de CO2 ao ano. “A preocupação de fazer um projeto inovador, que contribua com soluções sustentáveis para o local onde o prédio está inserido, foi a nossa maior motivação. O retorno que o telhado verde traz para o empreendimento e para a cidade vale o investimento. É uma tendência da arquitetura mundial e Recife não tem como ficar de fora”, diz Fabian Bezerra, gerente de projetos da Rio Ave, construtora responsável pelo empresarial. São iniciativas que, aos poucos, vão inserindo a cidade no mapa da sustentabilidade e conferindo melhoria aos espaços urbanos.
A região sul do Estado e a fronteira oeste gaúchas têm tradição na ovinocultura. A criação de ovelhas e o artesanato em pele e lã fazem parte da cultura regional. Em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, uma mostra temática contou esta história para os visitantes.
A produção de mel, a partir do manejo das colônias das abelhas,é uma atividade que vem crescendo e se organizando no estado de Roraima. Nossa equipe esteve em Roraima para mostrar que através do manejo, a produção do mel e sua contribuição na economia do estado.
As cigarras praticamente não oferecem perigo para as pessoas, mas podem ser insuportáveis quando se quer silêncio. São os únicos insetos produzem um som estridente que pode chegar a 120 decibéis.
Os produtos orgânicos são alimentos cultivados sem agrotóxicos e fertilizantes químicos. Além de possuírem um sabor melhor, eles são mais saudáveis e são produzidos em harmonia com o meio ambiente. O mercado de produtos orgânicos está crescendo cada vez mais. Segundo estudos, essa área movimenta cerca de 40 bilhões de dólares por ano.
Em São Manuel há uma fazenda experimental da Unesp que desenvolve pesquisas com hortaliças para garantir a produção e a distribuição de sementes orgânicas aos agricultores da região. No Ciência Sem Limites dessa semana João Moretti entrevista o pesquisador Antônio Ismael Cardoso, que explica como é realizado esse processo. As alunas do doutorado Natália Lanna e Joara Secchi Candian também falam sobre suas atividades na fazenda.
A energia solar está bem estabelecida e em constante evolução. Mas, de acordo com um novo relatório da União Europeia, seu impacto econômico é incrivelmente custoso e muito pior do que energia eólica ou hidroelétrica.
O relatório considerou não apenas os custos operacionais e de capital das usinas, mas também seus impactos econômicos em termos de mudança climática, poluição e esgotamento de recursos. Pode parecer duro, mas há muitos dados por aí para fundamentar os cálculos.
Os autores do relatório calcularam custos nivelados -- o custo econômico estimado por megawatt-hora de eletricidade gerada por cada tecnologia. E as coisas não ficaram bonitas para a energia solar. De acordo com a análise, usinas novas de carvão e gás natural custam cerca de US$ 64 megawatts-hora, eólica US$ 102, energia nuclear US$ 115 e energias solares em escala utilitária US$ 127.
Por quê? Parece, de acordo com o Technology Review, que é por causa da fabricação de células solares. A maior parte delas é feita na China, e lá, a eletricidade é extremamente intensiva em carbono. Junte a isso o fato das células usarem recursos importantes de metal e o impacto econômico geral não é bom.
Vale ressaltar que o relatório foi feito com base em dados de 2012 -- esse tipo de estudo demora esse tempo para ser concluído. Então é capaz de as coisas terem mudado nos últimos dois anos -- porém, provavelmente não mudaram muito.